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FIBROMIALGIA
FIBROMIALGIA

Wellington  M P Costa.

 

É muito interessante o funcionamento do corpo humano, sempre tenta defender-se do que julga ser nocivo. Logo que comecei a trabalhar na academia, encontrei meu primeiro caso de fibromialgia, a senhora relatava sentir dores no corpo todo sem explicação plausível.

Tentava conversar sobre estresse, mas a mesma relatava que tinha uma vida estável e tudo estava bem e não tem como ser estresse.

Então vem a pergunta, você sabe o que é ESTRESSE? 

 

O estresse manifesta-se em três fases:

 

1- Reação de Alarme.

O sistema visceral simpático (SVS) é ativado.

2 - Adaptação.

Quando essa estimulação é repetitiva o organismo se equilibra dentro do próprio estresse e;

3 - Esgotamento.

Quando o estressor é constante, e a ativação do SVS torna-se prejudicial ao organismo, uma vez que não permite o relaxamento e o retorno ao equilíbrio das vísceras. Isso leva a uma exaustão emocional e física, que pode até ser lenta e quase imperceptível.

 

O estresse é um só, pode ser provocado por um assalto, trânsito, brigas familiar, não aceitação de determinada condição e etc.

 

1 REAÇÃO DE ALARME

 

Quando nosso cérebro, independente de nossa vontade, interpreta alguma situação como ameaçadora (estressante), todo nosso organismo passa a desenvolver uma série de alterações denominadas, em seu conjunto, de Síndrome Geral da Adaptação ao Estresse. Vai preparar seu corpo, deixando-o em alerta para qualquer medida emergencial.

 

ALTERAÇÕES NA FASE DE CHOQUE DA REAÇÃO DE ALARME

a) aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial

 

o sangue circulando mais rápido melhora a atividade muscular esquelética e cerebral, facilitando a ação e o movimento

 

b) contração do baço

levar mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea e melhora a oxigenação do organismo e de áreas estratégicas

c) o fígado libera glicose

para ser utilizado como alimento e energia para os músculos e cérebro

d) redistribuição sanguínea

diminui o sangue dirigido à pele e vísceras, aumentando para músculos e cérebro

 

e) aumento da freqüência cardíaca e dilatação dos brônquios

 

favorece a captação de mais oxigênio

f) dilatação das pupilas

para aumentar a eficiência visual

g) aumento do número de linfócitos na corrente

preparar os tecidos para possíveis danos por

agentes externos agressores

 

 

Todas estas reações ocorrem sem que agente perceba, mas prestando bastante atenção vemos os ombros rodados para frente e fazendo uma curva com a coluna torácica, é um mecanismo de defesa. Estas reações me lembram a estória que li no livro “O coração sente o corpo dói”.

 

O gato e o rato

 

Um rato foi encurralado pelo gato no canto da parede. Como está o rato? O que ele está sentindo? Será que se houvesse uma possibilidade de fuga correria mais ou menos que normalmente? A adrenalina está em alta? O que está acontecendo no corpo deste rato?

Agora imagine que você é o rato, e o gato é o estresse do dia a dia. Há quanto tempo você está encurralada pelo gato?

Assim como no rato o seu corpo se prepara para uma fuga, ou seja, libera adrenalina, aumenta batimento cardíaco e respiração, acumula energia e outros. Mas a fuga não acontece e esta situação continua durante dias, meses e até anos, chega a um ponto que seu organismo não consegue absorver toda essa energia, então começa a liberá-la em órgãos efetores, fazendo um processo chamado somatização. Um exemplo bem clássico são as dores no pescoço, que a maioria das pessoas sente quando submetidas a uma situação de estresse intensa.

 

2  REAÇÃO DE ADAPTAÇÃO OU RESISTÊNCIA

 

A Fase de Resistência se caracteriza, basicamente, pela hiperatividade da glândula supra-renal sob influência do Hipotálamo, particularmente da Hipófise. Nesta fase, mais crônica, há um aumento no volume da supra-renal, concomitante a uma atrofia do baço e das estruturas linfáticas, assim como um continuado aumento dos glóbulos brancos do sangue (leucocitose).

Dessa forma, a ação da Hipófise ao ativar todo o Sistema Endócrino ocorre porque o organismo necessita concentrar maior quantidade de energia para se defender. As descargas simpáticas na camada medular da Glândula Suprarenal, provocando liberação de catecolaminas nas situações emergenciais do estresse, ativando a glicogenólise no líquido extra-celular, e glicogênese no fígado, inibindo a insulina e estimulando o glucagon, estes dois últimos hormônios pancreáticos.

Durante essa fase de adaptação prossegue o aumento de atividade do Sistema Simpático e a conseqüente liberação de catecolaminas. Esse mecanismo hormonal permite maior aporte de glicose às células em geral, seguido pela liberação de glicocorticóides, os quais são fundamentais para a excitação de atividades cerebrais durante a Síndrome Geral de Adaptação ou Estresse.

Os glicocorticóides (GC) regulam também as catecolaminas, pois a síntese das catecolaminas necessita de glicose. Os GC são corticosteróides capazes de estimular a síntese de RNA, formadora de proteína e de glicogênio e suprime a síntese de DNA.

A taxa de glicose precisa ser elevada no sangue para que haja energia Disponível ao longo do estresse. Mas, se o estresse continua por muito tempo, os glicocorticóides são destrutivos para os tecidos, inibindo o crescimento  omático e ósseo.

Assim, se os estímulos estressores continuam e se tornam crônicos, a resposta começa a diminuir de intensidade, podendo haver uma antecipação das respostas. É como se a pessoa começasse a se acostumar com os estressores mas, não obstante, pudesse também desenvolver a reação de estresse apenas diante da perspectiva ou expectativa do estímulo.

Vamos imaginar, hipoteticamente, uma pessoa que se deparasse com uma cobra no meio de sua sala, quase todas as vezes que entrasse em casa. Com o tempo sua reação ao ver a (mesma) cobra tende a diminuir, embora ainda continue tomando muito cuidado. Vai chegar um momento em que, ainda que não veja cobra ao chegar em casa, mesmo assim ficará estressado.

Talvez tenha grande ansiedade ao imaginar onde poderia estar hoje a tal Cobra. Diz um ditado que a diferença entre medo e ansiedade é exatamente essa; medo é ver uma cobra dentro do quarto, e ansiedade é saber que tem uma cobra dentro do quarto mas não vermos ela.

Se o agente ou estímulo estressor continua, o organismo vai à terceira fase da SGA, a Fase de Exaustão.

 

3 FASE DE EXAUSTÃO

 

Talvez o ser humano, dito civilizado, tenha começado a padecer com a Síndrome Geral de Adaptação quando seus objetivos, inicialmente colocados à disposição de sua sobrevivência física, foram deslocados para a sua sobrevivência social e afetiva. Os agentes estressores, que continuamente estimulam a pessoa, não representam mais apenas ameaças ao seu bem estar físico e imediato, são, antes disso, também estressores que estimulam uma tomada de atitude diante de ameaças subjetivas e abstratas.

Talvez, em algum momento de nossa pré-história, o ser humano não necessitasse mais apenas sobreviver, como talvez tenha sido a preocupação absoluta de nossos ancestrais da caverna mas, necessitava sobreviver socialmente, profissionalmente, familiarmente e economicamente. Não era mais necessário adaptar-se apenas ao aqui e agora, como exigência momentânea de sua trajetória existencial mas, sobretudo, devia adaptar-se ao seu passado, ao seu presente e ao seu futuro.

Os efeitos da Síndrome Geral de Adaptação sobre o indivíduo cronicamente ao longo do tempo compõem o substrato fisiopatológico das doenças psicossomáticas. Cada órgão ou sistema são envolvidos e apenados pelas alterações fisiológicas continuadas do Estresse, de início apenas com alterações funcionais e depois, com lesões também anatômicas.

Por causa disso, podemos dizer que as Doenças Psicossomáticas são aquelas determinadas ou agravadas por motivos emocionais, já que é sempre a emoção quem detecta a ameaça e o perigo, sejam eles reais, imaginários ou fantasiosos.

 

Agora percebemos que a situação sobre o estresse é mais complexa que pensamos e os seus efeitos mais diversos ainda, por isso que ainda hoje não sabemos todos os efeitos provocados por situações contínuas.

Tem um padrão que percebi durante 5 anos com vários clientes, é claro que não é regra, chego a separar em:


*Negação

*Assunto

*Conhecimento

*Auto conhecimento

*Medo

 

Negação

É a primeira e mais difícil fase do paciente é o momento em que o diagnóstico ainda não está fechado, pois o critério de avaliação é de exclusão, então não se tem um exame específico para fechar o diagnóstico.

O cliente não aceita que o estresse possa ser um colaborador para esta sintomatologia, acreditando sempre numa doença mais grave que pode estar ainda camuflada.

 

Assunto

Os clientes quando estão em crise passam a ter como o assunto as dores que sentem, onde chegam é comentam e repetem a mesma história várias e várias vezes para as mesmas pessoas, é como andar em círculos.

 

Conhecimento

Quanto mais conhece sobre a doença, e mais abre sua cabeça. Começa a olhar o seu dia-dia de forma diferente.

As pessoas com fibromialgia são Hércules, suportam grandes cargas de estresse, é similar a estória da cobra na sala. Viram verdadeiras “bombas relógio”, acumula tanta energia que o organismo não consegue mais liberá-la.

 

Autoconhecimento

É um aprendizado diário, cada dia você aprende uma coisa diferente, tem um dia que vai sentir-se mal, no outro melhor. Saber quando está com este acumulo de energia e comece a gastar, para evitar que entre na crise

 

Medo

Este é um aspecto importante, quando já se encontram fora da crise qualquer dor mais intensa, pode ser um motivo para o medo desencadear uma nova crise. Vem logo o pensamento tudo vai voltar.

 

Em resumo o que nós temos é uma pessoa que está cheia e energia e não pode gastá-la inicialmente, pois as dores e a indisposição (começo de um quadro depressivo) não deixa.